Meu primeiro artigo para vocês e abordarei o tratamento dado aos governos à educação.
Até meados de 1970, a educação era pouco abrangente. Quando o acesso foi democratizado, a demanda aumentou violentamente sem contrapartida em investimento nem planejamento a longo prazo. Hoje temos um grande problema a resolver e nenhuma ação. E não me refiro somente a educação fundamental. O ensino superior também carece de investimentos, incentivos e planos.
O problema é que os atuais governadores abrem seus cofres para obras faraônicas pré-copa. Esse dinheiro vai para as empreiteiras que financiam a campanha desses mesmos políticos. Funciona assim: A Cidade Administrativa em Belo Horizonte custaria 500 milhões de reais. Saiu por 1,3 bilhões. Aécio Neves, então governador, recebeu polpudas doações de empreiteiras como Odebrecht, por exemplo. Os estádios assim também. O Itaquerão do Curintiá vai custar mais de 1 bilhão. Tudo com dinheiro Público.
O lado triste é a educação. Enquanto governador, Aécio (mão aberta com empreiteiras), implantou um choque de gestão e congelou os ganhos de diversas categorias públicas, exceto do Judiciário, além de cortar gastos em educação e saúde.
Este é um de diversos exemplos que poderia citar. O que estarrece é a generosidade para alguns e o discurso da austeridade e do corte de gastos para outros. Nesta semana o Governador de Minas Gerais disse que pode não pagar o premio por produtividade aos funcionários públicos devida falta de dinheiro. Uma rápida olhada nos balanços mostra que o governador já arrecadou 14% a mais que em 2010. Mas esse dinheiro já está reservado para as empreiteiras. Nada para educação.
Educação não aparece como pontes, viadutos e prédios do Niemeyer. Educação torna a massa mais crítica e consciente. Um horror para os políticos que nos governam e preferem nos manter como estereótipos de nosso melhor produto: jogadores de futebol.
Afinal somos somente uma pátria de semiletrados que adoram futebol e samba? Acho que não.
Um abraço
Lauri Renê
Post simples, consciso e extremamente consciente. Parabéns!
ResponderExcluirÉ triste,mas, é verdade. Estive na escola em que estudei na minha infância, acredite se quiser, chorei. Os monitores tinha que usar o microfone para "PEDIR" que os alunos fossem para as suas classes. Uma mãe que foi chamada por causa do comportamento do filho, reclamava pq "tinha mais o que fazer" e "estava perdendo tempo no colégio". Aonde chegamos e para onde vamos?
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